"Sem a curiosidade que me move, que me inquieta, que me insere na busca, não aprendo nem ensino." Paulo Freire

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

Síndrome de Asperger

 
     Descrita pelo médico alemão Hans Asperger, 1944.
     Síndrome de Asperger é uma síndrome do espectro autista, diferenciando-se do autismo clássico por não comportar nenhum atraso ou retardo global no desenvolvimento cognitivo ou da linguagem do indivíduo.
     A SA é mais comum no sexo masculino. Quando adultos, muitos podem viver de forma comum, como qualquer outra pessoa, entretanto, além de suas qualidades, sempre enfrentarão certas dificuldades peculiares à sua condição.
    Algumas características dos Aspergers são: dificuldade de interação social, dificuldades em processar e expressar emoções (este problema leva a que as outras pessoas se afastem por pensarem que o indivíduo não sente empatia), interpretação muito literal da linguagem, dificuldade com mudanças em sua rotina, pessoas desconhecidas, ou que não vêem há muito tempo, comportamentos estereotipados. No entanto, isso pode ser conciliado com desenvolvimento cognitivo normal ou alto.

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

Mary e Max-Uma amizade diferente

    
 
 Mary & Max - Uma amizade diferente não é singular apenas no título. O  longa de animação prega uma peça nas pessoas que estão acostumadas a pensar que filme de animação é sempre voltada às crianças.  Pelo contrário, Mary & Max trata de temas bastante indigestos e, por muita das vezes, exclusivos do mundo adulto: a relação e os problemas com o outro.
     De acordo com o diretor, o longa é inspirado em fatos reais. Nele, é contada a história de uma garotinha solitária de 8 anos. Ela vive com os pais - mãe alcoólatra e excêntrica, pai ausente - na cidade de Melbourne, na Austrália, isolada e cheia de manias. Devido à dúvida em saber de onde os bebês vêm, decide enviar uma carta para alguém em outro país para ter a resposta. Numa lista telefônica dos Estados Unidos, sorteia o endereço destinatário. Curiosamente, a carta chega às mãos do Max Horovitz, em Nova York.
     Obeso, judeu, com 44 anos de idade, desempregado, solteiro e portador da Síndrome de Asperger - um autismo sem danos mentais -, Max se identifica de imediato com sua nova amiga. A partir desse ponto os dois se correspondem intensamente durante longos 20 anos - apesar de sempre ser um tormento para ele receber e escrever as cartas.
     Entre as conversas da dupla, são debatidos temas como solidão, amor, amizade, obesidade, traumas infantis, interação social, diferenças sexuais, as mais variadas manias e assim por diante. O diretor e roteirista Adam Elliot se mostra bastante competente em desenvolver os  diálogos - visto que o  filme é praticamente todo feito com base em narração. Tudo com muito humor negro, sarcasmo e pessimismo. No entanto, o mérito maior do cineasta e escritor é saber dosar cada ponto melancólico  com momentos totalmente díspares, até mesmo opostos, dando tempo do espectador respirar aliviado em meio a tantos revezes da vida.